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sábado, 26 de setembro de 2009

Vez por outra, vejo a prosa altiva
do teu insólito riso.
Diariamente, encontro nos flashes da memória
teu rosto leve, leviano, levado, lascivo.
Corra aos meus braços quando puderes,
pois, sempre o podes: sou teu.
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O melhor lugar do mundo

Quando o “eu” vira “nós” a magia se inicia, um arco-íris brilha a toda manhã até o fim do dia; também, o “nós” se torna “eu” brincando de vai-e-vem por causa do que se sente. Ninguém sabe, ninguém imagina a real profundidade dessas quatro letras formadoras de uma simples palavra até senti-la de verdade. AMOR só se sente uma vez na vida! Vêm paixões, vão paixões, mas aquele amor fica, porque é único, puro, intransferível, imortal. Ele faz surgir textos esplêndidos, canções sensíveis, e lembranças eternas; faz os amantes doerem-se de saudade, perpetuarem os momentos simplórios, paralisarem os segundos, acelerarem as horas, morrerem enquanto vivos e viverem enquanto mortos. O melhor lugar do mundo fica ali, sentado calmamente à sombra da mais bela árvore do campo: a Árvore da vida, porque a vida é o seu amor. Se você tiver muita sorte, se for a pessoa mais sortuda do mundo, vai encontrar amor nos olhos de quem você ama – e te desejo isso. Não é nada bom suspirar por uma pessoa só porque ela vai te dar segurança financeira, ou vai agradar a seus pais e amigos, ou somente porque é a mais bonita do bairro ou mesmo da cidade (pode acabar trazendo junto a mais chata também). Faça-o porque ela é perfeita para você, não é certa nem errada demais, é simplesmente daquele jeitinho inesquecível; depois, como já diz a canção de Milton, “qualquer maneira de amor vale à pena.”

Caxias,
Junior Magrafil (16-01-2008)
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

A Morte
Malvados.com
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sábado, 19 de setembro de 2009

Vacas "in midnight"

Andarilhos passando pelo centro da cidade à altura da meia-noite. A Matriz, o Cristo, os casarões antigos, inclusive o Calçadão Afonso Cunha (ruela mais popular). Esta insone cidade flagra por suas madrugadas passeios de grupos de ruminantes famintos, ávidos pela carniça do lixo cotidiano, pela podridão vegetal excretada pelos cidadãos. Esses bois e vacas e bezerros e seus olhos cortantes e chifres desafiadores e fungar redondo, andam em meio à urbanidade de Caxias, circulam destoados como deuses indianos donos do asfalto, das luzes, dos prédios. A lua pulsando cores alaranjadas desenha a silhueta destes seres quadrúpedes inocentemente transeuntes da meia-noite. Só nos resta, então, as perguntas: de onde vêm? Para onde vão? E assim, respirando o frio do breu, deixam todos os dias seus insolúveis vestígios espalhados pelo chão.

Caxias,
Junior Magrafil (17-09-2009)
 

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