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quarta-feira, 21 de julho de 2010


Novidade


Não to afim de qualquer novidade,
não quero saber.
Só quero aquilo que já é,
que está sendo;
aquele rosto louco,
menino,
que me faz endoidecer.
Considere esse sufoco
– ninguém entende.
Quando estou com você
tá tudo bom demais.
E o receio sorri de mim
– vinga-se – quando estou só.
Grito pelas melodias,
canto pelas letras,
e penso?
Penso em você.
Não, não me deixe para mais tarde;
teu Verão é agora.
Novidade, não tô muito afim,
o que já tenho, tá certo.
Tua manha me confunde,
e penso.
E penso fingir rir;
você sorri e tudo fica bem.


Caxias,
Junior Magrafil (07-07-2010).
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Entre paredes


Em teu quarto.
Dermes:
sinto-te as carnes do Dentro;
Epidermes:
alteram-me o Fora.
Em teu quarto:
durmo,
reconheço,
acordo,
cuido.
Em teu quarto:
deito,
assisto,
levanto,
como.
Em teu quarto:
sou eu mesmo
sendo tu,
sendo o que te ama;
banal e único.


Caxias,
Junior Magrafil (21-07-2010)
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Você é uma criança ainda. Não há nada que eu te fale, que te faça ver além dos teus inocentes olhos. Tu enxergas apenas a pureza dos teus sonhos e quando te rebato com os meus, estes parecem tão simples olhados aos teus olhos, que passo a aceitá-los assim – e me preocupo menos. A vida ao teu lado é um jogo de carícias. Tão grandes quanto teus olhos felizes (e um pouco puxadinhos) são minhas dúvidas, mas elas acabam por esquecidas quando me entorpeço com a tua presença. Deitado no teu cobertor, te olhando enquanto dorme, isso é para sempre. É uma imagem que não se apaga de mim. Teus olhos.
 

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