O beijo
Entrego-te, então meu ser.
É assim amar?
Faço deveras seja.
Razão não bem sei se é,
emoção não sei bem se é;
ambas, talvez.
Mas nós somos um beijo de G. Klimt
e, portanto, sem medo,
amamo-nos sem pensar no que dizem;
desenhados a muito ouro,
luz; auge e latente.
Entregar,
é assim amar?
Caxias,
Junior Magrafil (21-10-2010).
Eco
E ele me diz, como quem reza antes de deitar-se,
que a vida é boa ao meu lado – é justa.
Sorriso canto-de-boca e felicidade no ar,
dize-me que fica olhando o seu senhor dormir.
Eu, confirmativamente, ponho meu tempo,
minha insônia – quando a tenho – minha paz,
a debruçar-me sobre teus olhos cerrados
a sonhar comigo a nossa tal realidade
– assim como eu.
Repetidas vezes: Te amo.
Alternadas vezes: Te amo.
Sempre.
Caxias,
Junior Magrafil (madrugada de 18-10-2010).
Morar junto
Lençóis cobrem nós dois
em noites tanto frias quanto quentes,
quanto suadas,
quanto com ou sem sono.
Nossos corpos límpidos
da estrela da noite radiante,
cruzam-se na fé de serem um.
Passo minha pele sobre a tua:
cútis e alma; alma e sonho; sonho e realidade.
Passas teus olhos sobre mim:
Olhos e alma; alma e sonho; sonho e mais.
E por que não casar?
Sem ter aquela idéia de uma noite só.
E por que não casar?
Quero é morar contigo.(2x)
A brisa limpa meu sono,
mas tem dias que não realiza e queima.
Quanto calor;
quanto é normal suar teu colchão?
Nossas vidas tem razão:
te recebo em cada temporada.
E a saudade? Fé em sermos um.
E por que não casar?
Sem ter aquela idéia de uma noite só.
E por que não casar?
Quero é morar contigo.
Pra sempre.
E por que não casar?
Quero é morar contigo.(2x)
Passo minha pele sobre a tua:
cútis e alma; alma e sonho; sonho e realidade.
Passas teus olhos sobre mim:
Olhos e alma; alma e sonho; sonho e mais.
Caxias,
Junior Magrafil (12-10-2010).
Ter paz
Estar contigo, meu amor,
leva-me à exatidão de não saber;
quando estou ao teu calor,
nada mais que me importa querer.
Só sei que quero teu cheiro,
brilho e olhar de santidade.
Leve e doce, teu rosto coreógrafa
defronte de meus medos de ser;
ensaia passos de encanto de nada
e passa a me guiar, a contigo ter.
Só sei que temos paz em junto;
gratuitamente sei te desenhar.
Caxias,
Junior Magrafil (04-10-2010).
Como antigamente
Contigo amo como antigamente.
Aviso quando vou;
olho, sorrio, quando chego
e ainda ganho um beijo.
Te compro chocolate,
levo ao cinema – e pipoca.
O chuveiro filma amor
em águas soberanas.
Fotografias brincam de contar
histórias e mais estórias;
e dedos e línguas sentem
que estão em casa – e estão.
Morro de saudades como quem
nunca viu o mar pela primeira vez;
a pele dengosa se entrega sempre,
ainda que de mãos envergonhadas.
Os olhos. Ah, os olhos!
Vibrantes cores consoantes
desaguando em palavras amantes
e desenhos coloridos.
Caxias,
Junior Magrafil (04-10-2010).
Sopro e língua
Minha preferida visão
corre sobre (e sob) teu ser
como fazem meus dedos,
languidamente, com teu corpo
– meus dedos, tua língua.
Aquela cabeleira que já tiveste,
meu bem, a tenho – és tua;
lembra a ti, e, agora, a mim;
nossos caminhos que se cruzam.
O ar que sussurra prazer,
amor e quaisquer paravras
– d'uns lábios substanciais;
permeadas de lembranças boas.
O mesmo ar que nos sufoca
quando da distância horrenda
a que se destina amar e amado ser
por olhos que se conhecem bem.
Sim, teus lábios (culpados!)
fabricantes do sopro maior,
sucumbem língua, corpo, ser, memória;
donos de tudo que me torna amor
– essa tua rosa rosada.
Caxias,
Junior Magrafil (30-09-2010).
Assinar:
Postagens (Atom)