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quinta-feira, 21 de outubro de 2010


O beijo


Entrego-te, então meu ser.
É assim amar?
Faço deveras seja.
Razão não bem sei se é,
emoção não sei bem se é;
ambas, talvez.

Mas nós somos um beijo de G. Klimt
e, portanto, sem medo,
amamo-nos sem pensar no que dizem;
desenhados a muito ouro,
luz; auge e latente.
Entregar,
é assim amar?


Caxias,
Junior Magrafil (21-10-2010).
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Liberdade


Livre? Sou livre?
Em qual sentido,
se aquela carne sou eu,
se sou eu aquela carne;
dourada nos campos?
Somos contraposição
às leis da Física:
ocupamos o mesmo espaço.
Somos livres, sim,
pois que um.


Caxias,
Junior Magrafil (21-10-2010).
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terça-feira, 19 de outubro de 2010


Eco


E ele me diz, como quem reza antes de deitar-se,
que a vida é boa ao meu lado – é justa.
Sorriso canto-de-boca e felicidade no ar,
dize-me que fica olhando o seu senhor dormir.

Eu, confirmativamente, ponho meu tempo,
minha insônia – quando a tenho – minha paz,
a debruçar-me sobre teus olhos cerrados
a sonhar comigo a nossa tal realidade
– assim como eu.

Repetidas vezes: Te amo.
Alternadas vezes: Te amo.
Sempre.


Caxias,
Junior Magrafil (madrugada de 18-10-2010).
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010


Pensamento


Penso, logo sei;
Ando, logo canso;
Beijo, logo sonho;
Durmo, logo acordo;
Como, logo excreto;
Rio, logo sou;
Dou-me, logo seu;
Sou, logo existo.


Caxias,
Junior Magrafil (14-10-2010).
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Castanha


Teus beijos são doces
como caju em bom tempo;
e em tudo que luz em meu ser
sei que me vale ser tua castanha.


Caxias,
Junior Magrafil (14-10-2010).
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terça-feira, 12 de outubro de 2010



Morar junto


Lençóis cobrem nós dois
em noites tanto frias quanto quentes,
quanto suadas,
quanto com ou sem sono.

Nossos corpos límpidos
da estrela da noite radiante,
cruzam-se na fé de serem um.

Passo minha pele sobre a tua:
cútis e alma; alma e sonho; sonho e realidade.
Passas teus olhos sobre mim:
Olhos e alma; alma e sonho; sonho e mais.

E por que não casar?
Sem ter aquela idéia de uma noite só.
E por que não casar?
Quero é morar contigo.(2x)

A brisa limpa meu sono,
mas tem dias que não realiza e queima.
Quanto calor;
quanto é normal suar teu colchão?

Nossas vidas tem razão:
te recebo em cada temporada.
E a saudade? Fé em sermos um.

E por que não casar?
Sem ter aquela idéia de uma noite só.
E por que não casar?
Quero é morar contigo.
Pra sempre.

E por que não casar?
Quero é morar contigo.(2x)

Passo minha pele sobre a tua:
cútis e alma; alma e sonho; sonho e realidade.
Passas teus olhos sobre mim:
Olhos e alma; alma e sonho; sonho e mais.


Caxias,
Junior Magrafil (12-10-2010).
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quinta-feira, 7 de outubro de 2010


Ter paz


Estar contigo, meu amor,
leva-me à exatidão de não saber;
quando estou ao teu calor,
nada mais que me importa querer.

Só sei que quero teu cheiro,
brilho e olhar de santidade.

Leve e doce, teu rosto coreógrafa
defronte de meus medos de ser;
ensaia passos de encanto de nada
e passa a me guiar, a contigo ter.

Só sei que temos paz em junto;
gratuitamente sei te desenhar.


Caxias,
Junior Magrafil (04-10-2010).
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010


Como antigamente


Contigo amo como antigamente.
Aviso quando vou;
olho, sorrio, quando chego
e ainda ganho um beijo.

Te compro chocolate,
levo ao cinema – e pipoca.
O chuveiro filma amor
em águas soberanas.

Fotografias brincam de contar
histórias e mais estórias;
e dedos e línguas sentem
que estão em casa – e estão.

Morro de saudades como quem
nunca viu o mar pela primeira vez;
a pele dengosa se entrega sempre,
ainda que de mãos envergonhadas.

Os olhos. Ah, os olhos!
Vibrantes cores consoantes
desaguando em palavras amantes
e desenhos coloridos.


Caxias,
Junior Magrafil (04-10-2010).
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Agora


Que tal dançar?
Que tal beijar?
Que tal fugir comigo?
E ser o que nos torna;
agonizar nos abraços;
morrer de encantos
– ganhar aqui.
Que tal sermos?


Caxias,
Junior Magrafil (04-10-2010).
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Sopro e língua


Minha preferida visão
corre sobre (e sob) teu ser
como fazem meus dedos,
languidamente, com teu corpo
– meus dedos, tua língua.

Aquela cabeleira que já tiveste,
meu bem, a tenho – és tua;
lembra a ti, e, agora, a mim;
nossos caminhos que se cruzam.

O ar que sussurra prazer,
amor e quaisquer paravras
– d'uns lábios substanciais;
permeadas de lembranças boas.

O mesmo ar que nos sufoca
quando da distância horrenda
a que se destina amar e amado ser
por olhos que se conhecem bem.

Sim, teus lábios (culpados!)
fabricantes do sopro maior,
sucumbem língua, corpo, ser, memória;
donos de tudo que me torna amor
– essa tua rosa rosada.


Caxias,
Junior Magrafil (30-09-2010).
 

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