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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010


Mito


Dragões irritantes e maus
sobrevoaram a planície no nosso amor.
Mas, juntos, somos guerreiros imbatíveis:
atacamo-los com as próprias chamas.
Depois vieram serpentes graúdas
a fim de aniquilar tudo à sua frente;
querendo esmagar nosso fim
e engolir a paz que sempre tivemos.
Camaleões resolveram, também, frustrar-nos;
peles falsas, boa lábia, porém, falha.
Nada que não pudéssemos;
e o que nos resta senão a nossa história:
ninguém mata o amor.


Caxias,
Junior Magrafil (14-12-2010).
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Aquele rosto


Nem era tão belo, talvez comum,
mas certeza que ele foi.
Aquele rosto foi-se,
como uma foice massageando
o capim, deixando-o dois
– e tudo que fica é o vestígio.
Como fez-se bucólico,
fincou cicatrizes
na pele do poeta.
Ele foi; aquele rosto foi:
amor, sedução, verso.
Continha-se de letras,
canções, quimeras rasantes.
Tais adornos aprumaram o gosto,
e, naquele momento, eles se completariam:
rosto poético; coração dado.
Foi-se o tempo, deu-se grande história
– e tudo que fica é vestígio.


Caxias,
Junior Magrafil (25-11-2010).
 

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