sábado, 6 de junho de 2015



Momento

Sabes, por acaso, o que é o acaso?
Surge uma pessoa,
surgem pessoas,
e destas, aquela.
O que os olhos veem de longe,
o que, depois, as bocas desenham,
o que o cheiro começa a conversar
com o peito aberto de esplendor?
Foi o acaso que touxe?
Foi o frescor daquela tela?
Foi o aroma daquelas curvas?
Talvez o embalo daquele momento,
a música ressonante no crepúsculo
somado à cor, ao desejo, à imensidão,
à paz e a tudo que não se sabe pronunciar.

Sabes, o que vem depois, Acaso?
Sabes o que me trouxeste?
Mas sabes, sim, que quando cativas
és o mais responsável pelos amores
– e pelas dores.


Teresina,
Junior Magrafil (02-06-2015)

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