terça-feira, 6 de outubro de 2015



A dança

Anjo infante e doce,
teu sorriso acompanha brio
mesmo embaixo do sol médio;
enquanto sutilmente te observo
a boca, o corpo, os olhos dançam.

Tudo em ti é precoce,
qualquer palavra eu olho e rio,
qualquer sussurro me tira o tédio
e gosta e se alegra com o que reservo;
é movimento, é paz dos que amam.

Mas, isso tudo é agridoce.
Anjo meu, penso muito nesse trio
que se arranjou num tempo incerto,
embora o drama a que somos servos
é dúvida, é certeza dos que bailam.

É receita que descobrimos aos poucos,
nos rendemos quase como versos
e há amor; há dum jeito leve,
recente, delicado e pérfido.


Teresina,

Junior Magrafil (24-12-2014).

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