terça-feira, 1 de abril de 2008

Ponteiros imortais


Imortalizou em mim,
no meu ínterim,
no meu ser.
Não sei em que acreditar,
mas sei que não preciso saber.
Sinto o que preciso sentir;
vejo o que preciso ver.
Caso o sonho com o prazer,
que, mesmo longe, é perto pra mim.
Ganhei um dia.
Só um dia.
Só o necessário pra nascer
o meu melhor.
Veio no momento certo,
tão preciso e tão completo,
que já era ilimitado;
sem medidas:
a zero grau.
Dois ponteiros sonhadores,
brincando num relógio sem tempo,
em horas que corriam sem medo,
com mãos que esqueciam o errado
– de todos, do mundo.
Nunca vai morrer.
O imortal quis me dizer
que aqueles ponteiros vão renascer
juntos, outra vez:
juntos.


Junior Magrafil (em 20-02-2008)

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