Segunda visão do Epitáfio
Devia ter feito rir quem não fiz.
Devia ter rido com quem não ri,
ter chorado com quem não chorei;
Ah, eu devia!
Devia, sim – precisava, inda mais – falar com quem não falei,
visitar; ver as pessoas que sinto falta e não olhei.
Devia ter participado dos momentos oportunos.
Ter visto raiar o dia, cair a noite,
sentir a brisa em meu rosto no fim da noite.
Devia ter me atentado aos detalhes, ao simples detalhes que não vi.
Devia ter amado muito mais,
ter aceitado cada um com seu jeito.
Devia simplesmente ter aceitado.
Deveria ter feito minhas vontades.
Andar sem me preocupar em cair,
de vez em quando, andar sem saber pra onde ir.
Que pena que nada disso eu fiz,
Agora já é tarde!
Não posso mais voltar à raiz,
pois o tempo não volta e nem pára,
nem se a partir daqui eu passar a sorrir.
Junior Magrafil (em 08-06-2006)
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