domingo, 27 de dezembro de 2009
Escrito por*Junior A. Magrafil
Vende-se
Quero entrar no teu vício;
participar intrinsecamente.
Arrependo-me como jamais havia feito,
de não ter escancarado a porta da minha casa,
de ter me calado quando oportuno,
e ter fechado meus ouvidos para teu grito.
Agora sei, agora sei que não posso te deixar assim.
Sabe, minha casa não é minha,
minha chave não é minha,
minha sala-de-estar, minha copa, minha varanda,
meu banheiro, meu closet, meus aposentos.
Nada é meu, nada é meu porque tudo é teu.
Minha morada é tua morada;
talvez agora percebo o quanto não posso te deixar ir;
ou então, vamos vender tudo e correr descalços
unidos por um novo recomeço.
Caxias, 27-12-2009.
Junior Magrafil
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