domingo, 27 de junho de 2010


Exilando-me


E se eu sumir?
E se eu não disser mais nada?
Minha calma sempre alterna
do manso para a raiva
quando tudo mais me ocultas.

Gosto de transparência
- lucidez.
Gosto tanto, tanto,
mas te quero de véu para os outros
- só para os outros.

Entenda-me: tu és eu.
Portanto, também sou tu
- e teu.
Só teu.

Entenda-me: devemos ser nós.
Minha vida te pertence,
assim como a tua, a mim.
Mas e se eu também sumir, me verás?


Caxias,
Junior Magrafil (27-06-2010).

1 Comentários:

Pierrot disse...

"Sabe, para mim a vida é um punhado de lantejoulas e purpurina que o vento sopra. Daqui a pouco tudo vai ser passado mesmo - deixa o vento soprar, let it be, fique pelo menos com o gostinho de ter brilhado um pouco... "

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