segunda-feira, 7 de junho de 2010


Teu nome é meus pés


Não precisei mais que uma noite,
uma ingênua noite,
para entender que
fiquei vulnerável ao teu olhar
– em cantos.
Analisei tua forma de falar,
de gesticular (e até de pensar).
Avaliei para não cometer erros:
de quando me abri aos teus olhos
e desvendei um pouco deles
(o mais difícil).
Respirei no teu ar
e pude, bem devagar, sentir;
tua tez lisa, deslizando pela minha,
bocas atritando com amor
– cheiros começando a se memorizar.
Desde então, lembro-me de cada instante,
e escrevo teu nome nos meus pés.


Caxias,
Junior Magrafil (06-06-2010).

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