sexta-feira, 27 de agosto de 2010


Da saudade


Me conforta a noite em que
as memórias se casam novamente.
Me conforta a dor estéril
de virgens sorrisos, e castos libidos.
Não. Sorrisos maculados de passado.
Sim. Macular-se-ão: nova alvorada?
Sim?
A mácula é limpa de amor,
é suja de tesão;
é devassa de quase sem-dor;
é mais lembrança, mais amor;
mais saudade.
Sussurros sem maldade
que meio pensam curiosamente
em corolários
– não há senão saudade.


Caxias,
Junior Magrafil

1 Comentários:

Laelia disse...

lindo, sensual, lindo!
poesia assim que é boa de se ler.
parabéns, meu caro. :D
olha lá meus escritos:
http://lacarvalhedo.blogspot.com/
abraços pra você.

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