sexta-feira, 17 de julho de 2009


O bem amado

Olhavam-se pelas veredas da dúvida naquela casa. Havia uma vizinhança obscura, onde duas mentes amadas se amavam e não saíam de seus postos amantes, eram loucas faces em forma de um ser somente que se designava amor. Também dois outros corpos brincavam desnudos, enrolados, de conjunção carnal idêntica, mas podre, no que o onisciente narrador menciona.
Foram dias insólitos passados em meio a tal vizinhança, esbarrando-se às vezes. Um período de teste de conhecimento. Nada melhor do que a convivência para se conhecer a verdade dos fatos, dos atos de cada um. Ela revela o bem e o mal, mas o bem amado também.
- Deixa ver como será.
E foi quando eles se sentiram inerentes, porque os dois lados do sentimento lutavam sem chegar jamais ao fim das batalhas. Vê-se, então, que se nenhum lado pende mais, é porque a lei do equilíbrio estabelece-se aí. Os dias passaram unidos, fazendo coisas inocentes e íntimas.
- Para nós todo o amor do mundo.
Mereciam, e dormiram juntos.
- Pra eles o outro lado.
As coisas vão além do que se vê, e ver quem se quer partir colide as alegrias passadas com as dores; toma o ser de euforia e de esperança.
“- Faz tanta falta o teu amor”, mesmo que se grave os instantes, ou que se olhe as fotografias, as cartas, as declarações de amor.


Caxias,
Junior Magrafil

1 Comentários:

Leonardo Almeida disse...

quem diria em seu junior :D

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